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As esquinas da vida coletiva são muitas encruzilhadas

Cada esquina é uma encruzilhada de histórias que jamais conheceremos completamente. Passamos por elas todos os dias, mas raramente olhamos para os outros que também caminham. Há jovens com olhares cansados de uma vida que ainda não começou, trabalhadores carregando cansaço nos ombros, mães que equilibram fome e esperança, homens que escondem medos atrás de gestos fortes.

O que nos une, embora invisível, é essa passagem compartilhada: o mesmo calor do sol, a mesma chuva que molha nossas roupas, o mesmo vento que carrega folhas e rumores. E, ainda assim, nos esquecemos de que cada escolha individual tem consequência coletiva. Um gesto de gentileza poderia mudar a trajetória de alguém; um olhar de desdém pode marcar para sempre.

Nós não existimos isolados, mesmo quando nos convencemos disso. Cada esquina, cada rua, cada praça é um lembrete de que pertencemos a uma rede de vidas entrelaçadas, onde o que ignoramos hoje pode nos atingir amanhã. A reflexão que permanece é simples e difícil ao mesmo tempo: como estamos vivendo uns com os outros, e não apenas conosco mesmos?

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