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Bolsonaro calado, em prisão domiciliar, é um silêncio abençoado

Faz mais de dois meses que Bolsonaro está em prisão domiciliar e, olha, eu confesso: não imaginei que o silêncio dele faria tanta diferença no meu humor. O Brasil está mais calmo, o noticiário está mais leve, e os telejornais voltaram a falar de temas como economia, cultura e até previsão do tempo. Sem precisar traduzir absurdos ditos por um ex-presidente.

Pode parecer bobagem, mas é impressionante o que a ausência de uma voz desafinada pode fazer pelo bem-estar coletivo. De repente, o café da manhã ficou mais gostoso, o trânsito menos irritante, e até o Jornal Nacional parece uma terapia. Aquele suspense de “o que será que ele disse hoje?” simplesmente… sumiu. E com ele, uma boa dose da minha ansiedade.

No fundo, acho que a prisão domiciliar foi o verdadeiro programa de desintoxicação nacional. Um retiro espiritual, um jejum de grosserias, um silêncio abençoado. Que continue assim por muito, muito tempo. Porque, convenhamos: poucas coisas são tão agradáveis quanto não ter que ouvir Bolsonaro falar.

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