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Brasil é bizarro… só dá pra levar comendo pipoca rindo, porque chorar cria rugas

Ontem foi dia de Santo Antônio, o famoso casamenteiro. Mas, veja só, além de juntar casal, o santo resolveu operar milagres modernos: mandou pra cadeia o sanfoneiro do Bolsonaro. Sim, estamos falando de Gilson Machado — aquele que tocava sanfona com a mesma habilidade que o governo dele tinha pra respeitar a democracia: nenhuma.

Gilson, além de ministro do Turismo (um cargo que, convenhamos, no governo Bolsonaro servia basicamente pra divulgar fake news), também é veterinário e, nos seus dias de glória, liderou uma banda de nome absolutamente sugestivo: Gilson Machado e o Forró da Brucelose. Eu juro que não estou inventando. Brasil, 2025, é isso aí.

Dessa vez, o acordeonista do apocalipse foi preso por ajudar na tentativa de fuga do nosso conhecido Mauro Cid, o escudeiro-mor da delinquência golpista. O Brasil é tão criativo que mistura forró, golpe, veterinária e fuga cinematográfica — tudo no mesmo enredo. É quase uma novela surrealista dirigida pelo Kafka em parceria com o Zorra Total.

Às vezes, eu penso que já vi de tudo neste país. E o Brasil, generoso, sempre me diz: “calma, senta aí, pega uma pipoca e assiste ao próximo episódio”.

Porque é isso: um desfile diário de bizarrices, um reality show político que, se fosse roteiro de filme, ninguém aceitaria por falta de verossimilhança.

Mas seguimos rindo, porque chorar dá rugas.

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