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Brasil manda Bixa Travesty para disputar prêmio em Berlim

Foto/Divulgação

Três documentários brasileiros foram selecionados, em dezembro, para a mostra Panorama, da 60ª edição do Festival de Berlim, que será realizado entre 15 e 25 de fevereiro deste ano.

Um deles é Bixa Travesty, de Kiko Goifman e Claudia Priscilla, sobre Linn da Quebrada, que propõe desconstruir os conceitos que os “machos alfa” têm de si mesmos. “O corpo feminino trans se torna uma forma política de expressão nos espaços público e privado”, diz a descrição do filme para o festival.

Segundo Linn, que vai até Berlim para apresentar o filme, o documentário vai apresentar a sua trajetória, de amadurecimento e produção musical. “Esse documentário foi uma oportunidade incrível, porque foi um longa feito comigo, e não sobre mim”, explica.

“Foi um espaço onde pude depositar minhas intenções, minhas vontades artísticas em relação ao audiovisual, com total abertura”, esclarece Linn, que convidou, para o filme, pessoas do seu “meio”, para atuarem e participarem da produção. “O Festival de Berlim é um dos mais importantes e é um evento muito político, é uma ótima oportunidade de lançamento.”

Além de ir apresentar o filme, Linn deve fazer alguns shows pela Europa, que ainda devem ser confirmados. “ou conhecer a Europa, toda travesti é europeia”, brinca.

Além de Bixa Travesty, os outros dois filmes brasileiros na mostra são Aeroporto Central, de Karim Aïnouz, e Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi. Outra artista transexual brasileira, Luana Muniz, morta em 2017, também é tema de documentário, Obscuro Barroco, este da diretora grega Evangelia Kranioti, numa co-produção com a França.

Na mostra Panorama, da Berlinale 2018, serão exibidos ainda os documentários L’Animale (Áustria), Malambo, el hombre bueno (Argentina), La omisión (Argentina, Holanda e Suíça), Profile (EUA, Reino Unido e Chipre), River’s Edge (Japão), That Summer (Suécia, Dinamarca e EUA) e Yocho (Japão).

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