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‘Brasil, meu Brasil brasileiro’, vira fetiche na Praça dos Três Poderes

Não faz muitos dias, um casal foi flagrado transando no Panteão da Pátria. Sim, exatamente ali, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. E, desde então, confesso, minha mente não teve um segundo de descanso.

Não pelo ato em si — quem nunca, né? — mas pelo cenário escolhido. Panteão da Pátria! Um local cívico, silencioso, onde repousa simbolicamente o espírito da nação… ou pelo menos repousava, até alguém resolver tirar a pátria da castidade.

Fiquei me perguntando: será que foi fetiche? Um patriotismo erótico? Um surto de tesão institucional? Vai saber.

Talvez o casal estivesse vivendo uma fantasia intensa de “Brasil, meu Brasil brasileiro”, com direito a gemidos em tom de hino nacional. Imagina a cena. No auge da paixão, com vista pro STF: “Ai amor, me chama de Alexandre de Moraes!”

Talvez tenha sido um protesto performático. Um grito contra o conservadorismo. Um “viva a democracia” em forma de fornicação. Ou, quem sabe, só um casal que achou a bandeira tremulando bonita demais pra resistir?

De qualquer forma, eu só espero que tenham pelo menos tirado o sapato antes de subir no mármore da democracia. Afinal, respeito é bom, e a pátria agradece.

E agora, toda vez que passo pela Praça dos Três Poderes, não consigo evitar: dou um risinho malicioso, olho pros bustos solenes e penso: será que eles viram tudo?

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