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Brasil não pode ser refém de extremistas travestidos de parlamentares

Por vezes, tenho a sensação de que o Congresso Nacional deixou de ser a Casa do Povo para se tornar um palco de vaidades, gritarias e sabotagens ideológicas. Não bastassem os retrocessos promovidos por aqueles que juram defender a democracia enquanto flertam com o autoritarismo, agora somos obrigados a assistir a uma espécie de sequestro institucional — um motim travestido de oposição, arquitetado por deputados extremistas que decidiram paralisar os trabalhos legislativos como forma de chantagem política.

Sim, chantagem. Não há outro nome para esse comportamento antirrepublicano que insiste em confundir liberdade com libertinagem, direito com desobediência, oposição com obstrução. Deputados e senadores que deveriam representar suas bases, discutir projetos, aprovar leis que melhorem a vida do povo, optaram por transformar a Câmara e o Senado em um picadeiro de narrativas golpistas, onde o interesse público foi jogado às traças.

Enquanto o país enfrenta desafios reais — fome, desemprego, saúde pública em frangalhos, educação relegada ao improviso — esses senhores e senhoras do atraso preferem estrebuchar no plenário, interromper votações, criar CPIs fantasmas, agredir colegas, espernear contra decisões judiciais e, acima de tudo, sabotar qualquer tentativa de governabilidade. Agem como se fossem donos do Brasil, mas se comportam como arruaceiros institucionais.

Não é oposição. É sabotagem. É irresponsabilidade com os milhões de brasileiros que não têm tempo para teorias conspiratórias porque estão lutando para sobreviver. É falta de decoro, de compromisso, de compostura.

Chega. O Brasil precisa andar. Precisamos votar reformas, enfrentar problemas estruturais, discutir o futuro. E isso só será possível quando a racionalidade e o diálogo forem resgatados do porão onde os extremistas tentaram trancá-los.

Não podemos permitir que uma minoria barulhenta destrua as pontes do debate democrático em nome de projetos de poder pessoais, messiânicos ou delirantes. É hora de reagir. De cobrar. De expor. E de deixar claro: quem paralisa o Congresso, paralisa o Brasil. E quem paralisa o Brasil, não merece ocupar nenhuma cadeira em nome do povo.

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