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Brasília ganha Comando de Caça aos Comunistas

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), sancionou uma lei que institui o Dia da Memória das Vítimas do Comunismo, em 4 de junho. A proposta havia sido aprovada pela Câmara Legislativa, mesmo sem que Brasília (ou o Brasil), tenha qualquer registro de vítimas de um regime comunista.

Fico me perguntando de onde vem esse tipo de preocupação simbólica. Que “vítimas” são essas que a lei quer homenagear? O Distrito Federal nunca viveu sob regime comunista, nunca teve prisões políticas ou execuções em nome do marxismo. Pelo contrário, nossas vítimas de regimes autoritários são aquelas da ditadura militar, que censurou, torturou e matou brasileiros sob o regime capitalista.

Quando a gente observa com um mínimo de honestidade histórica, percebe que os maiores inimigos do comunismo, e, portanto, as “vítimas mais conhecidas” desse sistema, foram justamente os nazistas. Sim, os mesmos que promoveram o Holocausto e mergulharam o mundo na Segunda Guerra. É curioso e alarmante ver o governo da capital brasileira adotar uma agenda que, na prática, parece mais empenhada em reabilitar fantasmas ideológicos do que em discutir as dores reais do nosso país.

Diante disso, restou uma dúvida que não quer calar: qual seria o próximo passo do governador do DF? Construir um monumento em homenagem a Hitler?

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