Notibras

Cabral pede desculpas à família de arrastada por carro da PM

Familiares da auxiliar de serviços gerais Claudia Silva Ferreira, que morreu no domingo (16) vítima de bala perdida no Morro da Congonha, em Madureira, Subúrbio do Rio, foram recebidos pelo governador Sérgio Cabral no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, na manhã desta quarta-feira (19). Cláudia foi arrastada por 350 metros após cair do porta-malas de um carro da PM enquanto era levada para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes.

João Trancredo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem de Advogados do Brasil (OAB-RJ), também participa da reunião. Na terça (18), Cabral disse esperar a expulsão dos policiais envolvidos no resgate de Cláudia.

“O mínimo que se espera dos três policiais presos é que sejam expulsos da corporação”, disse o governador, durante cerimônia de início de operação de um novo trem da SuperVia. Ele afirmou, entretanto, que deve ser observado o direito de defesa dos policiais.

O governador classificou como “abominável” toda a operação de resgate da auxiliar de serviços gerais, desde o salvamento até o momento em que ela foi arrastada. Cabral afirmou que outros policiais militares também repudiam a atitude dos agentes presos e disse não acreditar que o fato leve à perda de confiança da população na PM.

Novos depoimentos

Os três policiais militares que socorreram a Cláudia Silva Ferreira, no Morro da Congonha, devem prestar novo depoimento nesta quarta-feira (19) na 29ª DP (Madureira). Eles também são investigados pela Corregedoria da PM.

O Tribunal de Justiça Militar negou nesta terça-feira (18) o pedido de liberdade aos três policiais militares. Os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo e o sargento Alex Sandro da Silva Alves estão detidos em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste. O primeiro depoimento dos PMs foi realizado no domingo (16).

Sair da versão mobile