A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (1°) um candidato a conselheiro tutelar de 33 anos que revendia cosméticos para calvície sem autorização da Anvisa. Outros dois homens, informa o G1, suspeitos de distribuírem o produto, também foram detidos.
A Divisão de Defesa do Consumidor (Dicon) da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) foi informada pela Anvisa sobre a venda do produto “Hair Fast”, que não indicava no rótulo o fabricante nem a composição química, o que é considerado ilegal.
“É um produto que não é aprovado pela Anvisa, não se sabe se funciona para todo mundo ou uma pessoa só. Na fórmula tem finasterida, que causa graves problemas para os homens, como impotência. Tem corticoide também, que precisaria de uma receita médica”, diz o delegado da Dicon João de Ataliba Nogueira.
O farmacêutico responsável pela fabricação do remédio, que é patenteado, vive em Mato Grosso e será indiciado em uma segunda fase da operação, segundo a polícia. O principal fornecedor no DF está no Pará. Ele não foi detido, mas também vai responder pelos crimes de organização criminosa e crime contra a saúde pública.
Cada kit com dois produtos era comprado por R$ 24 do fabricante e revendido em todo o país por R$ 300. O grupo vendia em média 135 conjuntos por mês. O candidato a conselheiro tutelar é de Sobradinho. Ele entrou no negócio como cliente e atuava de forma autônoma. Ele vai responder apenas por crime contra a saúde pública.