Desde a época em que eu estava grávida, eu sempre refletia que não queria ser daquelas mães que se culpam por tudo. Eu sonhava em ser uma mãe leve, tranquila, que conseguisse conciliar sem dramas a vida pessoal, a maternidade e o trabalho. Achava que esse seria o meu caminho, o meu jeito de viver a maternidade.
Mas a realidade é que se livrar da culpa materna é uma tarefa quase impossível. O cérebro da mãe não descansa um só instante. É uma voz que não se cala, que a todo momento pergunta se a gente está oferecendo a melhor alimentação, se está garantindo tempo de qualidade, se está educando do jeito certo, se está proporcionando o melhor que a criança merece.
E quando parece que a gente finalmente conseguiu relaxar, mesmo que por um instante, sempre surge alguém para apontar um defeito, um problema, uma falha. É como se o olhar do mundo nunca deixasse a mãe descansar, sempre pronto para julgar.
Por isso eu digo: quando você vir uma mãe, jamais a culpe. Ela já faz isso sozinha e não precisa de mais um peso sobre a sua cabeça.
