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Chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami é morto em ataque de Israel

O general Hossein Salami, comandante‑em‑chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), morreu nesta manhã (horário local) após um ataque aéreo de Israel que atingiu instalações militares e nucleares no Irã.

A eliminação do militar intensifica drasticamente as tensões entre Irã e Israel, com potenciais efeitos geopolíticos em toda a região. O mundo assiste com apreensão à resposta iraniana, ainda indefinida, mas anunciada como contundente.

A ofensiva do Estado judeu, denominada “Operação Leão Crescente” (“Rising Lion”), foi liderada pela Força Aérea e utilizou mísseis de longo alcance, possivelmente lançados a partir do espaço aéreo do Iraque.

Os alvos incluíram a sede da IRGC em Teerã, o complexo de Natanz — principal centro de enriquecimento de urânio — e laboratórios de cientistas nucleares.

Salami, considerado uma das figuras mais influentes do regime, comandava o IRGC desde abril de 2019. Nascido em 1960, ele participou da guerra Irã–Iraque e foi promovido após alguns confrontos com os EUA, sendo apontado como arquiteto do endurecimento das políticas do IRGC contra Estados Unidos, Israel e Arábia Saudita.

O supremo líder, aiatolá Ali Khamenei, descreveu a morte de Salami como uma “ferida profunda” e prometeu uma retaliação “severa e decisiva” contra Israel e seus aliados. As defesas antiaéreas do Irã foram colocadas em alerta máximo e o espaço aéreo nacional foi fechado.

O secretário‑geral da ONU alertou para o risco de escalada e pediu calma. O futuro próximo é marcado por incerteza: o Irã prometeu retaliação, o que pode ampliar os confrontos no Oriente Médio. Especialistas enfatizam os riscos de uma reação militar direta, bem como o impacto diplomático, especialmente às vésperas de negociações nucleares previstas em Omã.

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