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Chegou a vez da estética, ergonomia e sustentabilidade

Foto/Divulgação

No mundo das cozinhas planejadas, a Eurocucina, feira bienal que acontece paralelamente ao Salão do Móvel de Milão, é um capítulo à parte. Com mais de 22 mil m² de área e 117 empresas participantes de todo mundo, é uma ocasião única de saber o que de novo acontece em um setor em constante evolução e bastante sensível às oscilações de gosto e comportamento.

“A estrela da nossa coleção é o vidro, que aparece em vários momentos, incluindo em superfícies criadas para conectar a cozinha à mesa, criando geometrias variadas”, conta Gabriele Centazzo, fundador e designer da Valcucine, uma das fabricantes italianas que mais investem em pesquisas e para a qual a qualidade estética parece estar para sempre atrelada à funcionalidade. Como ele pontuou nesta entrevista.

Como são desenvolvidas as cozinhas Valcucine?

Dispomos de um escritório de estilo na nossa sede em Pordenone, Itália, onde trabalhamos na busca contínua por novos padrões de comportamento relacionados não apenas às cozinhas, mas a móveis, design e outros campos que giram em torno de estilos de vida globais. Baseado nestes dados, na evolução tecnológica e na sensibilidade criamos nossos produtos.

Com base nas novidades apresentadas na última edição da Eurocucina, em abril, quais são as exigências das cozinhas contemporâneas?

No mercado de cozinhas a pesquisa sempre foi motivada por fatores primariamente visuais. No nosso caso porém sempre procuramos nos guiar por elementos de maior conteúdo, nem sempre compreensíveis em uma imagem, mas bastante perceptíveis com o uso, ou seja a ergonomia, a inovação e a questão da sustentabilidade. São esses os motores que nos impulsionam a criar novas cozinhas e que acabam, em decorrência, orientando a questão estética.

A possibilidade de customização e de personalização parecem ser dois anseios atuais de consumidores de todo mundo. Como essas duas questões aparecem nas novas propostas da marca?

Cada uma de nossas coleções é projetada em torno das necessidades do homem e do ambiente em que ele vive, mas também de elementos capazes de ampliar seu prazer de viver e sua experiência cotidiana. Nas novas cozinhas isso se traduz em dispositivos capazes de oferecer máximo conforto de utilização e liberdade visual e de movimento. Assim, surgem armários que se apresentam como pequenos contêineres, fechados por uma única porta para armazenar todas as pequenas ferramentas de trabalho essenciais na cozinha. Neles, com apenas um toque, a porta inteira se abre, garantindo acesso imediato e total visibilidade do que está contido nela. Uma vez terminada a fase de trabalho, a porta é baixada e tudo desaparece. À parte do funcionamento, tudo o mais pode ser personalizado, afinal cada cozinha é diferente. Assim como o talento de quem a utiliza.

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