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Começa corrida para tentar salvar a Antártica

Cinquenta cientistas de 30 países formarão a primeira equipe científica a circunavegar a Antártica em uma tentativa de mensurar a contaminação e as mudanças climáticas, anunciaram os encarregados do projeto nesta segunda-feira.

A equipe internacional viajará a bordo do navio científico russo “Akademik Treshnikov”, que zarpará da Cidade do Cabo (África do Sul) em 20 de dezembro e voltará em 18 de março de 2017.

Os organizadores da Expedição Circumpolar Antártica (ACE, na sigla em inglês) esperam intensificar a cooperação para entender melhor o impacto da humanidade no oceano Antártico.
“Os pesquisadores trabalharão em uma série de campos inter-relacionados, da biologia à climatologia, passando pela oceanografia, pelo bem do futuro deste continente”, afirmaram os integrantes da expedição em um comunicado.

“É essencial ter uma melhor compreensão da Antártica, não só para a sua preservação, mas para todo o planeta”, acrescentaram.

Os líderes da equipe convocaram no ano passado um concurso para eleger os projetos de pesquisas e após receber 100 propostas, selecionaram 22.

Um dos projetos ganhadores é de uma instituição espanhola, o Instituto de Ciências do Mar de Barcelona, e consistirá em estudar e medir os gases e as partículas liberadas pelo oceano Ártico na atmosfera, e descobrir nesta última.

Outros projetos estudarão o efeito da contaminação por plásticos na cadeia alimentar e mapearão baleias, pinguins e albatrozes.

Os cientistas tomarão, ainda, amostras de gelo das profundezas para investigar as condições do continente branco antes da Revolução Industrial.

O ACE é o primeiro projeto do recém-criado Swiss Polar Institute (SPI, Instituto Polar Suíço), uma iniciativa do país europeu para “estreitar as relações internacionais e a colaboração entre países, assim como para despertar o interesse pela investigação polar em uma nova geração de jovens cientistas”.

“A ideia é visitar as ilhas em torno da Antártica, o que de um ponto de vista cientista é muito interessante”, explicou durante o lançamento do projeto, em Londres, o empresário Frederik Paulsen, fundador do SPI.

“As mudanças que estão ocorrendo na Antártica são menos conhecidos que as do Ártico e as ilhas (…) são o termômetro do que está acontecendo”, explicou.

A viagem será dividida em três etapas, com paradas de abastecimento nas cidades australiana de Hobarth e na chilena de Punta Arenas.

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