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Congresso se liga na Lei de Gérson para levar vantagem em tudo

É normal e até saudável, num ambiente democrático, a presença de figuras de oposição ao governo. O contraditório é parte essencial da política. É a divergência que faz o debate acontecer, que garante que diferentes vozes sejam ouvidas, que permite a correção de rumos. O problema, no Brasil de hoje, é que o que temos não é uma oposição — é um Congresso inteiramente sem escrúpulos.

Eles não estão ali para fiscalizar, propor, debater. Estão para chantagear, travar, tirar vantagem. Dificultar a vida da população virou uma estratégia política. Não têm remorso algum de votar contra o interesse do povo, desde que isso sirva aos seus próprios interesses ou ao que chamam, com uma cara de pau impressionante, de “fazer oposição”.

Não é só o presidente da Câmara que atua assim. Toda a turma do centrão bate no peito exigindo ajuste fiscal — mas só quando o corte atinge a população. Quando se trata de aumentar o fundo partidário, elevar a conta de luz, criar brechas pra acumular aposentadoria com salário de mandato, aí o pudor desaparece. A austeridade, nesse momento, vira piada interna.

Enquanto isso, a conta cai no colo de quem trabalha, paga imposto, pega ônibus lotado e não tem a quem recorrer. E ainda querem que a gente acredite que isso é só parte do jogo democrático.

Não foi a tia do Twitter que exagerou, não. A tag “Congresso Inimigo do Brasil” permaneceu por tanto tempo porque é verdadeira. Eles são inimigos do Brasil que trabalha, do Brasil que precisa do SUS, da escola pública, do transporte público, do salário digno. São inimigos da decência política. E o pior: fazem tudo isso em plena luz do dia, sem vergonha, sem disfarce, sem consequências.

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