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Conheça a cura sagrada da medicina indígena

Hoje em dia, temos diversas opções de remédios, tratamentos naturais, homeopatia, medicina alternativa e uma lista infindável de opções para tratar qualquer mazela que venha a nos acometer. No entanto, poucos remédios e substâncias, por mais modernas que sejam, são capazes de substituir ou superar aqueles remédios clássicos e de milhares de anos descobertos através da sabedoria de nossos ancestrais ou povos primitivos.

É o caso do rapé, uma substância usada por algumas tribos indígenas que é capaz de trazer energia, paz, espantar a preguiça e ainda ajudar na concentração e no foco daqueles que se utilizam dele. O rapé é um pó extraído de uma mistura feita a partir do tabaco, de ervas e da casca de determinadas árvores. Vale dizer que o tabaco usado não é o industrializado, mas sim a planta ancestral utilizada em rituais xamânicos e que nunca teve contato com nenhum aditivo químico ou conservante. Inclusive, o uso do tabaco como droga recreativa e usado através do vício é altamente condenado pelas tribos que fazem seu uso de forma medicinal.

O rapé é usado por algumas tribos indígenas de maneira regrada e sem fins recreativos. É uma espécie de remédio para o fim de dias de muito trabalho sob o sol, pois além dos benefícios acima citados, ele também é capaz de regular a pressão arterial, sendo um importante aliado para evitar o choque térmico entre o sol quente e a água fria dos rios em que os índios costumam se banhar. Geralmente ele é usado em dupla e deve ser administrado por pessoas que saibam exatamente o que estão fazendo, pois a forma como é induzido, a quantidade, e até mesmo os pensamentos da pessoa no instante em que o aplica, fazem toda a diferença.

Apesar de ser um pó de fácil aspiração, ele geralmente é soprado através de um instrumento que se assemelha a um bambu oco, chamado Tipi. Sempre que é usado, o rapé chama o plano espiritual para perto da pessoa que o inalou, abrindo as portas da percepção de sua mente e a deixando mais suscetível a intervenções não terrenas. É um convite para o mundo da espiritualidade e da sabedoria que vai além dos humanos. É uma forma de estimular a criatividade, organizar pensamentos e entrar em contato com seu eu interior mais verdadeiro, encontrando respostas que não são passíveis de se ver em estado inalterado de consciência.

Vale ressaltar que o rapé jamais deve ser utilizado sem a supervisão de pessoas que saibam de seu poder e da forma como ele deve ser administrado. Os índios têm sua sabedoria e precisam que isso seja sempre colocado em prática, sem a intervenção, muitas vezes tola, dos homens da vida urbana.

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