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Consórcio político de Rollemberg e Agnelo deixa o povo a ver navios

O voto direto nas eleições no Distrito Federal e no Brasil é a oportunidade que o povo tem de exercer a cidadania, colocando ou retirando líderes do poder. Quem não vota na reeleição de um governo é porque tem seus motivos para não querer a continuidade por mais quatro anos consecutivos. A Democracia sempre foi a forma mais eficaz do povo fazer valer sua vontade nos poderes Legislativo e Executivo.

Mas, de duas eleições para cá, não é o que os eleitores da capital da República têm visto acontecer. Regado com um banquete de promessas, o eleitor perde seu tempo avaliando planos de governo, metas e propagandas eleitorais na propaganda eleitoral gratuita na TV. Tudo muito lindo, os marqueteiros sabem fazer seu papel.

Entretanto, existem casos que nem com maquiagem as crateras são tampadas. Foi o caso do ex-governador Agnelo Queiroz e do vice Tadeu Filippelli, que perderam a chance de permanecer no Palácio do Buriti por um novo período já no primeiro turno, mesmo com a máquina e o dinheiro na mão.

Após ataques e debates, quando os adversários se atracavam verbalmente e os militantes aplaudiam, promessas de acabar com o mesmo do mesmo: ineficiência, má gestão e apagão, entre outros, até a confirmação da vitória e a posse.

Tudo muito lindo até se passarem os sete meses de governo, e os eleitores perceberem que a ficha caiu: fomos enganados novamente. Com a continuidade dos cargos ocupados pelo PT e os adversários de campanha, ficou o mesmo do mesmo, piorado e até inoperante.

Quem no debate levantava processos de improbidade administrativa contra o adversário do PR, é quem coloca a filha advogada para defender o vice-governador Renato Santana em processo administrativo instalado no Buriti. Detalhe: familiares nomeados entre apadrinhados e contratos sem licitações, indicam que esse processo é o primeiro dentre outros que estão por vir.

Como ex-funcionário influente no Senado Federal o ex-senador, hoje governador do DF, não poupa nomeações para seus amigos nacionais. Entre contratos com empresas da Bahia e nomeações, a “Geração Brasília” caiu na esparrela e atolou-se nas indicações desastrosas de políticos de Minas Gerais, Espirito Santo e Maranhão. Mais um detalhe: alguém podia imaginar que teríamos um secretário de Saúde que é ex-funcionário do governo de Roseane Sarney? Pasmem.

Para o povo, a crise é a desculpa. O governo de Agnelo Queiroz não prestava, deixou um rombo de milhões, mas os funcionários do petista precisam continuar nomeados. E o mais sinistro é que o Tribunal de Contas do Distrito Federal não comprovou o rombo alardeado por esse que se proclama Governo de Brasília.

O consórcio político contempla a rede corrupta em todo o Brasil. As eleições não solucionam mais o problema do povo, que tem apenas uma sensação instantânea de vitória, que após a posse, vira derrota. Todos são contemplados. Os que perdem a eleição sempre ganham.

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