Há uma grande contradição entre o que o mundo precisa e o que a humanidade faz… falamos em promover a paz, mas deixamos nossa índole belicosa falar mais alto em quase todas as ações por nós promovida. Culpamos os governos das diversas camadas sociais… e nos esquecemos, convenientemente, que um Estado não existe por si só… é a junção de vários grupos, formados por pessoas que o compõe. E todas as decisões tomadas por essa pessoa fictícia que é o Estado tem o aval de seus cidadãos…
Quando um Estado decreta guerra contra outro e inicia seus movimentos, enviando soldados para atacar o “inimigo”, foram as pessoas que o compõe que deram início às ações. O Estado somente “fala” através de seus representantes legais.
O Estado é um personagem inerte. Não tem poder para tomar qualquer decisão, já que não tem corpo físico nem voz audível… nada mais é do que uma extensão de terra que ganha um nome… que muda com o tempo, dependendo do grupo social que o habita… mas quando se fala de conflitos entre povos, é como se aquela área realmente estivesse duelando com outro pedaço de terra…
Todos nós temos a mesma origem biológica. Se regredirmos aos nossos ancestrais mais primitivos, descobriremos que descendemos do primeiro casal humano. Vamos chamá-los de “Adão e Eva”… portanto, não importa o idioma falado, não importa a cor da pele, somos todos irmãos…
E por que é tão difícil conviver em paz sendo todos da mesma família? Por que o desejo de aniquilar aqueles que são diferentes de nós? Não aceitamos ninguém que pense diferente … e, como eu disse no início do texto, não é disso que o mundo precisa…
Não sei se conseguiremos, a médio prazo, nos conscientizar daquilo que realmente é importante para a vida. Espero que sim… Porque, se tal não acontecer… se continuarmos a culpar o Governo pelos desmandos que nós aceitamos de cabeça baixa, como se não tivéssemos culpa nas ações que tomamos, ao confrontarmos aqueles que classificamos como “nosso inimigo”… bem, a humanidade realmente está perdida… nossa esperança? As gerações vindouras… o problema é que as ideias que elas carregam são aquelas que passamos…