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Cyro Monteiro, a viagem de avião, o santo São Andreatto e a chance de um milagre

José Escarlate

Nas minhas andanças pela Revista do Rádio, circulando entre astros e estrelas, conheci muitos artistas com pavor de viajar de avião. Um deles era o cantor Cyro Monteiro, então casado com a cantora Odete Amaral.

Vivia no Rio, mas toda semana ia a São Paulo para se apresentar num programa, na TV. O caché, segundo ele, compensava o sacrifício.

Em um desses vôos, antes da decolagem, Ciro rezou em voz baixa, mas muitos ouviram: “Meu São Andreatto, protegei o comandante, pai de filhos lindos e marido de uma moça jovem. Protegei toda a tripulação”.

O cantor fugia daquela história que pregava que aquele não seria o seu dia, mas que poderia ser o dia do piloto. Quem estava ao seu lado, na aeronave, indagou: “Mas afinal, quem é esse São Andreatto?”.

Contrito, Cyro respondeu:

“São Andreatto, meu filho, nasceu em Lisboa, em 1402. Não é muito divulgado e, portanto, me agarro a ele, pois sendo tão desocupado tem bastante tempo para me atender. Sei que São Andreatto está doido para se promover fazendo um milagre. A chance dele sou eu”.

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