Neste fim de semana tivemos data Fifa. Com todo respeito, eu não gosto de data Fifa. Eu até tento simpatizar com a seleção brasileira, mas às vezes fica bem difícil. É claro que torço pelo Brasil, vibro com os gols, mas confesso que é um tipo de futebol que não me empolga tanto quanto o dos clubes.
Mas nem é por isso que eu implico com a data Fifa. O que mais me irrita é justamente o vazio que ela deixa: ficar sem o futebol dos clubes. Sem o campeonato, sem as rodadas do fim de semana, sem aquela expectativa pelo jogo do meu time. É como se o calendário perdesse o sentido por uns dias.
Parece uma contradição, mas não é. O futebol da seleção é o mesmo esporte, claro, mas não é o mesmo sentimento. O futebol dos clubes tem rotina, tem rivalidade, tem história. A gente se envolve com ele de outro jeito, mais visceral, mais íntimo. Já o da seleção é esporádico, distante, cheio de pompa, e talvez por isso não desperte a mesma paixão.
Então, toda vez que chega a tal da data Fifa, eu já sei: vou passar o fim de semana meio sem graça, esperando o campeonato voltar, pra sentir de novo aquela emoção de sempre.
