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Davi, quatro anos, dá lição de vida aos adultos sobre os desperdícios

Existe uma grande diferença entre a cidade grande e o interior.

As pessoas da cidade grande vivem na correria do dia a dia e não valorizam as pequenas coisas da vida natural. A poluição no meio ambiente, lagos, rios e mares são apenas exemplos básicos diários. O desperdício da fonte da vida, a água, existe em um número assustador.

São torneiras mal fechadas, vazamentos constantes e descaso com a qualidade da água. Talvez por tê-la em abundância.

Já no interior, com a simplicidade da vida e em sua grande maioria a falta da água, as coisas são bem diferentes. A criança que aqui vou contar a história tem apenas quatro anos de idade e um lindo exemplo de valorização.

O pequeno Davi reside em uma cidadezinha do interior e, com apenas quatro meses de vida, começou a lutar contra uma temida doença e precisava se deslocar do interior para a cidade grande e fazer exames e consultas médicas. Para isso, a prefeitura do interior em questão disponibilizava um carro para levá-lo à cidade grande e trazê-lo de volta ao interior.

O Davi, sua mãe e, em alguns momentos, o seu pai, ficavam hospedados na casa de uma senhora amiga da família, pois a viagem era longa (12 horas) ida e o mesmo tempo a volta. Esta rotina perdurou por longos anos e, quando o pequeno Davi estava com quatro anos de vida, ao final da consulta médica, ele e a mãe foram para a casa dessa senhora, pois o carro que os levariam de volta para casa no interior só chegaria no dia seguinte. Já na casa da senhora, tomados banho, almoçados e descansados, ao cair da tarde bem no horário do pôr do sol, a mãe do pequeno Davi chamou a amiga para irem à praia, pois era bem pertinho da casa dela. O interessante da história começa agora.

Ao chegarem à praia, as duas senhoras foram tocadas por uma cena no mínimo extraordinária. O pequeno Davi, olhando para a imensidão do mar, uniu os braços ao longo do corpo em forma de reverencia e falou:

– Obrigado, Deus, por tanta água!

As duas ficaram extasiadas com a cena. Uma criança com apenas quatro anos de idade poderia falar tantas outras coisas, mas preferiu agradecer a Deus pela quantidade de água. Refletindo sobre isso, devemos ser mais e mais gratos a Deus por tantas bênçãos em forma de água, ar, natureza e tantas outras coisas que deixamos de valorizar. É preciso que uma criança, enfrentando uma grave doença por anos, nos dê um puxão de orelhas em forma de simplicidade.

Olhe a sua volta. Você já agradeceu a Deus por tantas bênçãos?

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