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Derrota do ‘Não vai ter golpe’ foi um golpe no ânimo dos grupos de movimentos sociais

Manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma acompanham, na Esplanada, a sessão de votação na Câmara dos Deputados (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Yara Aquino

Em pé e em silêncio em frente ao telão na Esplanada dos Ministérios, os manifestantes contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff acompanharam o voto que decidiu pela admissibilidade do processo. Logo após o voto 342, dado pelo deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), a multidão contra o impeachment se dispersou e os telões foram desligados.

Enquanto era possível escutar a comemoração dos favoráveis ao impeachment do outro lado da Esplanada, o presidente da CUT, Wagner Freitas, disse: “esses coxinhas estão pensando que esse golpe vai tirar nossa luta da rua, estão muito enganados. A porrada vai começar agora”.

A presidenta da UNE, Karina Vitral, disse que não é possivel esse resultado, por ter sido conduzido por um presidente da Câmara corrupto (Eduardo Cunha). “Nós fizemos bonito nas ruas, eles é que não fizeram no Congresso Nacional”.

A aposentada Telma Rodrigues, de 66 anos, acompanhava a votação desde o início e ficou decepcionada. “Foi uma disputa dura e acho que é uma pena para o país porque um governo de esquerda ainda tem muito o que fazer face a tantos anos de dominação da direita”. Ela disse que ainda está em choque, mas espera um resultado favorável a presidenta Dilma no Senado.

Agência Brasil

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