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Desemprego cresce com a crise, mas existe saída para uma nova ocupação

Devido à crise que estamos enfrentando, algumas empresas estão se vendo obrigadas a cortar colaboradores. Prova disso é que, no último trimestre, a taxa de desemprego no Brasil atingiu 8,1%, o maior índice desde 2012, quando o IBGE iniciou a série.

Este quadro causa um grande estresse para os brasileiros que foram recentemente demitidos e a sensação de ter sido dispensado pode acabar abalando a confiança e dificultando que eles se coloquem novamente no mercado de trabalho.

Segundo o coach Flávio Resende, ao ser demitido passamos por um período de luto que é normal após uma ruptura, mas não podemos ficar nos culpando e cobrando por isso.

“Todos períodos da nossa vida tem um começo, meio e fim. Esta é a dinâmica da vida, e pedir demissão ou ser demitido faz parte. A tendência é que as pessoas enxerguem a demissão como uma punição, o que invariavelmente não é uma realidade. Passamos por um momento onde muitas empresas estão demitindo porque economicamente não estão conseguindo honrar seus compromissos. Portanto, muitas vezes, a demissão não tem nada a ver com a eficiência ou não do funcionário”, comenta.

Caso o período de luto se estenda mais do que o necessário, existem atividades e profissionais que podem auxiliar a pessoa nesta situação a passar pelo problema, como é o caso do coach. Flávio comenta que por meio do Coaching é possível identificar a causa do problema e orientar o coachee, de um modo que ele supere esse obstáculo.

“Primeiro, tentamos identificar qual o ponto que o coachee precisa de auxílio. É criar a coragem de mudar de área? É capacitar-se para atender ao que o mercado procura em termos profissionais? É criar um plano de ação para buscar oportunidades? São várias as possibilidades. Mas um bom caminho pode ser aprender a olhar para o medo da perda e prototipar uma nova forma de lidar com isso”, explica o coach.

Após passar pelo luto, podemos usar a demissão como uma nova chance para mudar a vida profissional, pois ela nos obriga a sair da zona de conforto, o que pode acabar sendo algo bom.

“Às vezes, mantemos o emprego pela conveniência que ele representa. E quando mudamos de ares, temos a chance de experimentar outras possibilidades, conhecer outras pessoas, nos desafiar de outro lugar que pode – ou não – ser mais bem sucedido que a nossa primeira escolha. No fim das contas, tudo é aprendizado. Só vai depender do nosso olhar para o que acontece ao nosso redor”, argumenta Flávio Resende.

O coach Flávio Resende cita algumas dicas para superar o momento de pós-demissão e se inserir novamente no mercado de trabalho:

Sete dicas para enfrentar a demissão

Aceite o que a vida lhe apresenta. O que hoje pode representar um pesadelo, amanhã pode se sinalizar uma oportunidade;
Avalie seus pontos fortes e fracos e invista no que precisa de melhorias;
Articule junto à sua rede de relacionamentos os contatos que podem lhe abrir portas;
Persevere na sua busca. Não desanime no primeiro “não”;
Planeje onde quer chegar e construa um passo a passo de como alcançar seus objetivos;
Cuide da sua imagem pessoal e de como se apresenta seja nas redes sociais seja no contato com o público;
Não tenha medo do novo. Ele pode representar um caminho lindo a ser percorrido.

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