Naquele tempo a gente ligava de orelhão.
Fichas e fichas que caiam e a ligação acabava.
Lembro-me que eu ligava desesperado e lhe dizia que precisa de ajuda.
E você jamais deixou de me ajudar.
Você pagou a minha Faculdade Cásper Líbero junto com o pai e a nossa mãe vendendo o telefone.
Eu jamais esqueci.
Eu fui pra greve e fechamos o pau contra a ditadura dos caras e vocês me seguraram na boa.
Eu não era “louquinho”, apenas acreditava em nossas ideias. E ideais.
Depois, viu como o Giba era trabalhador e talentoso?
Então…
Anos se passaram e fomos pela vida.
E depois nos encontramos em tantas novas possibilidades.
E nunca esqueci o meu Mano, minha referência.
E você virou um Totem, um Ícone da RBS.
E eu um repórter e roteirista sem muito brilho.
(é o irmão do Mário Motta)
Cara, que luta travamos!
Sou grato por tudo isso.
Hoje eu sei.
Lembro-me com carinho do Projeto Verão 2000
Radio CBN-Diário onde nem Roberto Alvez sabia se era eu ou você que estava no ar.
Coisa incrível a nossa semelhança.
E eles não sabem de nossas diferenças.
Mas foi maravilhoso o projeto.
Cara, gratidão total.
Te amo, de verdade.
Nessas horas lembro-me do tempo dos orelhões e das fichas….
____Alô…Alô, Marinho….vai cair a minha ficha……..
Mário, eu não me esqueço, cara!
