Ontem, às 15h19, começou oficialmente a primavera no Brasil. Pode parecer bobagem ou pura imaginação, mas juro que, quando o relógio marcou 15h20, senti que o mundo já estava diferente. O vento parecia trazer outro cheiro, mais fresco e doce. O céu, de repente, me pareceu com outra cor, mais azul, mais limpo, como se tivesse sido lavado pela própria estação.
Aqui em Brasília, sei que em poucos dias o vermelho intenso do chão, fruto da seca e da poeira, vai dar espaço ao verde da grama, que logo renasce. As árvores, tão castigadas pelo inverno do Cerrado, vão se encher de folhas novinhas, verdinhas, trazendo aquele cenário que faz a gente acreditar que a vida se renova sempre.
E, diante de tanta beleza, não há como o coração não se alegrar também. É como diz a canção de Tim Maia: “É primavera, te amo”.
Porque a primavera é isso: convite para a esperança, para o recomeço, para o amor em todas as suas formas.
A primavera chegou, e com ela chegou também essa vontade de florescer por dentro.
