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Eduardo conspira lá fora com a cumplicidade dos colegas da Câmara

A Comissão de Ética da Câmara dos deputados, que deveria ser o espaço da moralidade e da correção dos atos parlamentares, decidiu arquivar uma representação contra um deputado. E o deputado em questão é ninguém menos que Eduardo Bolsonaro, que há vários meses está fora do país, passeando pelos Estados Unidos enquanto deveria estar trabalhando pelo Brasil. Não bastasse o descaso com o próprio mandato, ele tem se empenhado em prejudicar os interesses nacionais de todas as formas possíveis. E isso foi fartamente noticiado pela imprensa. Mesmo que não tivesse sido, o próprio Eduardo confessa, sem nenhum pudor, que está fazendo de tudo para impedir qualquer diálogo ou acordo comercial entre Lula e Donald Trump.

É revoltante perceber que, em vez de responder por atitudes tão graves, ele é protegido. Enquanto o deputado conspira no exterior contra o próprio país, a Comissão de Ética fecha os olhos e finge que nada aconteceu. Essa omissão é cúmplice, é vergonhosa, é um escárnio com o povo brasileiro. A ética, que deveria ser o eixo central da vida pública, vira apenas um enfeite, um discurso vazio repetido por quem já esqueceu o que significa ter responsabilidade e decência.

Eu me pergunto até quando vamos aceitar esse tipo de absurdo calados. O Brasil precisa urgentemente de um choque de moralidade, de uma limpeza ética profunda. Porque enquanto parlamentares puderem agir contra o país impunemente e ainda serem acobertados por amigos em comissões que deveriam julgá-los, continuaremos reféns de um sistema que desrespeita o cidadão.

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