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Eleições em Brasília podem definir o cenário nacional

Quem mandou quer continuar mandando, independente de o padrinho estar atrás das grades. Foto/Arquivo Notibras

O Distrito Federal, que abriga as mazelas políticas enviadas pelos Estados brasileiros, por meio de deputados e senadores improdutivos, pode sinalizar um novo Norte para o Brasil. Ninguém suporta mais. Em Brasília, dois nomes insistem em manter feudos: José Roberto Arruda e Joaquim Roriz. A salada é mista. A escola dos dois foi alimentada por uma estratégia de comunicação oportunista, bobinha, e nada técnica.

Torraram 100 milhões de reais em campanhas publicitárias por ano durante duas décadas e ainda pretendem escoar mais. Nessa longa fase, os pseudopublicitários da hora encheram o… de dinheiro. Arruda entende que é Deus, enquanto a família de Roriz acredita que o pai já está pertinho de Deus. Do verdadeiro, claro.

Paralelo a isso, o ex-senador e empresário Luiz Estêvão, prestes a ir pra casa, pode ter o poder de determinar o rumo das urnas. Ele é dono do PRTB, partido do eterno candidato a qualquer coisa, Levy Fidelix, que abriu mão da ingerência local para o ex-senador.

Jofran Frejat se frejou. Arruda diz que é seu dono e não tem papo. Uma injustiça. Ninguém viu Frejat chorar quando Arruda foi flagrado violando o painel eletrônico do Senado. Arruda se desmanchou copiosamente. Frejat não estava nas gravações em que Arruda recebe dinheiro sujo de Durval Barbosa. Não precisou pedir desculpas pra mamãe. Por isso, por não estar presente aos escárnios públicos promovidos por seu chefe imediato, é que Jofran Frejat admite que é seu, mas não totalmente, o papel de representante de Arruda nas próximas eleições. Pobre Frejat…

Em nota do Partido Republicano – PR, que menospreza a teoria da renovação, seu presidente confirma o compromisso com Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Uma atitude nobre, sem dúvida, no momento em que os mais informados sabem que Arruda não vai a lugar nenhum, muito menos para comandar, na sobra, o seu pupilo Jofran Frejat.

Todos sabem que Frejat é representante de Arruda. Se os eleitores considerarem que isso é bom, tudo bem. Mas que Frejat estará a serviço de Arruda, aquele que chora, sobre isso não há dúvidas.

Existem muitas perguntas sobre o que vai acontecer com o Distrito Federal após os governos desastrados de Roriz e Arruda, populistas e inconclusos. Deixaram chagas na saúde, na segurança, na educação, na habitação.

Frejat é como Serra, só tem um discurso que é o da Saúde. A Saúde é uma desgraça, segundo especialistas, legado exatamente de Frejat, que se fosse competente, hoje o sistema do DF seria um exemplo. Além disso, o que fez Frejat? Nada!

Arruda promoveu um estilo de propaganda velhaco, em que fazer obras era o apelo mais populista que a sua equipe de comunicadores despreparados foi capaz de produzir. Mas foram competentes para produzir milhões de reais aos cofres paralelos, com prisões e queima de Notas Fiscais e arquivos.

A pergunta que não quer calar: esses agentes ainda acreditam que terão sobrevida? A sétima vida dos gatos foi no governo de Agnelo Queiroz, quando os mesmos nomes vieram para concretar seu túmulo e raspar os últimos milhões de reais que restavam no cofre da estrela encarnada. Quem estiver imaginando que será o mais do mesmo pode estar equivocado.

Agora que tentativas de inserção no cenário vão fracassar, como algumas candidaturas improváveis que foram anunciadas, é bom os marqueteiros amadores de plantão colocarem o rabinho entre as pernas. A paciência acabou e o que vem por aí nada tem a ver com as velhas escolas.

Quem aproveitou, aproveitou. Paciência.

O reflexo que virá a partir das eleições no Distrito Federal para os demais Estados, é que aqui é um polo difusor. Até hoje foi de mentiras, mas a partir de agora poderá ser de verdades. Quem mantiver esse patrimônio inabalável será um exemplo para o Brasil.

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