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Encontramos o nosso povo

Encontramos o nosso povo e é ali que o mundo faz sentido.

Não é sobre quantidade, nem sobre laços de aparência. É sobre afinidade de alma, sobre estar com quem nos enxerga mesmo quando estamos apagados. Porque no fim, quando tudo desaba, é esse povo que se abaixa conosco para reconstruir.

Vivemos tempos em que a solidão parece moda, e a competição se disfarça de sucesso. Mas há algo profundamente revolucionário em cuidar uns dos outros. Em mandar mensagem só pra saber se o outro comeu. Em ouvir sem pressa. Em oferecer o ombro sem precisar dizer “força”.

Porque força, às vezes, é só poder desabar sem ser julgado.

Nosso povo é aquele que entende nossos silêncios, que respeita nossas pausas, e que segura nossa mão quando a vida parece pequena demais pra caber tanta dor. São os que permanecem quando o brilho some, e que lembram quem somos quando esquecemos.

Eles são abrigo quando tudo vira tempestade.

Encontrar o nosso povo é um ato político e espiritual. É reconhecer que ninguém floresce sozinho, que as raízes se entrelaçam para resistir. É entender que lealdade, verdade e cuidado são formas de amor que o tempo não apaga.

E quando o pior chegar porque sempre chega, serão eles que estarão lá.

Não para nos salvar, mas para nos lembrar que ainda existe luz, e que juntos, mesmo machucados, podemos recomeçar.

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