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Escrever é instintivo… mesmo num guardanapo

Ontem um amigo me perguntou o que me inspirou a começar a escrever — e essa pergunta ficou ecoando na minha mente por alguns instantes. Fiquei pensando nisso com certo carinho, porque acho que quem escreve, de certa maneira, sempre escreveu. É instintivo, quase biológico.

Desde cedo a gente inventa histórias, observa demais, sente demais, pensa demais e depois acaba registrando tudo no papel. A diferença é que nem todo mundo compartilha suas reflexões… e, pra ser sincera, eu mesma só comecei a compartilhar porque fui convidada pelo José Seabra — vulgo Chefe. Ou seja, se der errado, a culpa é dele.

A verdade é que não escrevo por escolha. Não é uma decisão racional, muito menos estratégica. Escrevo porque, de algum jeito, preciso. Escrever é meu modo de existir em voz alta, de conversar com o mundo e comigo mesma, de tentar entender a bagunça dentro da cabeça e transformar esse caos em alguma coisa que faça sentido — ou, pelo menos, que provoque um sorrisinho torto em quem lê.

Escrever, pra mim, é como espirrar: não dá pra segurar por muito tempo. É uma urgência que se impõe. Às vezes, sai bonito; às vezes, sai esquisito, mas sempre sai. E isso, no fundo, é o que move muitos escritores — esse impulso inevitável, essa mania de costurar o mundo com palavras, como quem remenda a própria alma.

É isso. Enquanto houver papel, teclado ou guardanapo de bar disponível… sigo escrevendo.

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