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Estudo revela que quem ama e mora em Taguatinga vem de outras regiões do País

Vinícius Brandão

Das 222.598 pessoas que vivem em Taguatinga, mais da metade (51,09%) é composta por imigrantes. Os habitantes são 51,09% nascidos fora de Brasília e 47,48% residem na região há pelo menos 25 anos. As informações são da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios 2015/2016 (Pdad), que a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou nesta quarta-feira (3), em entrevista coletiva na sede da companhia.

A maioria, correspondente a 62,18% dos imigrantes, foi para a região administrativa para acompanhar parentes. Outros 24,96% migrou à procura de emprego. Entre os outros motivos estão: aquisição de moradia, estudo, melhor acesso a serviços de saúde e mudança de estado civil.

Idade da população – Segundo a gerente de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Iraci Peixoto, a idade da população tem a ver com a qualidade da infraestrutura. Quase todas as habitações (98,73%) têm iluminação pública e 97,8% têm ruas asfaltadas. “Taguatinga é uma cidade antiga e consolidada. É uma das regiões administrativas com o maior número de idosos entre as que pesquisamos até agora”, explicou.

Da população acima de 10 anos, 46,71% têm emprego, 13,45% são estudantes e 7,99% são desempregados. O setor com mais empregos é o comércio, com 28,34% dos trabalhadores. A maior parte das pessoas empregadas, 56,8% tem carteira de trabalho assinada.

Serviços públicos – Os dados da pesquisa indicam que a Companhia Energética de Brasília (CEB) faz a distribuição de energia para todos os domicílios, sem que haja produção dos habitantes por meio de gerador ou bateria. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) fornece água para 99,87% das residências. As outras 0,13% são abastecidas por meio de poços e cisternas. A companhia faz drenagem de esgoto em 97,47% das casas, sobrando 2,53% que utilizam fossas sépticas.

Um dos destaques deste serviço é a coleta seletiva, feita em 79,6% das residências. De acordo com a pesquisa, 0,07% das casas de Taguatinga tem o lixo jogado em locais impróprios ou queimado.

Escolaridade – Do total de habitantes, 119.753 são mulheres (53,8%) e 102.845 (46,2%), homens. Quanto à escolaridade, 26,74% da população tem nível médio. Aqueles com superior completo — que inclui especialização, mestrado e doutorado — somam 22,11%. Os de nível fundamental incompleto, que contam com alunos de educação de jovens e adultos (EJA), representam 20,58% dos habitantes. Os analfabetos equivalem a 1,48%.

Renda média por domicílio – De acordo com a descrição do relatório, a renda média por domicílio é de R$ 6.072,92 — equivalente a 6,9 salários mínimos — e a per capita, de R$ 1.998,14 — 2,27 salários mínimos. Apesar de manter a região em um nível de classe média alta, as duas rendas são menores que em 2013, quando a domiciliar era de R$ 6.359,06 e a per capita, de R$ 2.028,34.

Presente na divulgação, o administrador regional de Taguatinga, Ricardo Jacobina, agradeceu ao presidente da Codeplan, Lucio Rennó, pelos dados. “Nós, como Estado e como governo, precisamos aproveitar essas informações e melhorar a região.”

Pela Codeplan, também compareceram à coletiva de imprensa a arquiteta da Diretoria de Estudos Urbanos e Ambientais Eliane Klarman; e os diretores de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, Bruno de Oliveira Cruz, e de Estudos Urbanos e Ambientais, Aldo Paviani.

Agência Brasília

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