Sou fragrância que nasce da terra molhada,
quando o céu derrama segredos em forma de chuva.
Sou acorde sutil entre nuvens e silêncio,
gota que desliza no tempo,
grão que guarda o universo em sua pequenez.
Sou espuma que dança na pele da praia,
rocha que sustenta memórias ancestrais.
Sou brisa que acaricia o instante,
sou vendaval que leva pétalas e promessas.
Sou abismo de corais em chamas,
linha que se perde no mapa dos desejos,
sou enigma velado na penumbra do horizonte,
onde o sol não se apaga
e o mar não conhece limites.
Sou feita de terras que se misturam em alma,
vermelha de paixão, negra de mistério,
branca de paz, amarela de ouro
Pisada por pedras que me moldam,
alimentada por folhas que me sustentam,
sou seiva da videira que pulsa vida e jorra amor.
Sou primavera que sangra beleza,
veias que serpenteiam entre colinas e campos,
regando o vazio com esperança.
Sou chuva que carrega verdades,
sou luz que revela caminhos.
Sou terra que acolhe as sementes,
mar que transborda,
céu que abençoa.
Sou vento e calmaria
Sou brisa e poesia
que carrega pétalas de amor espalhando por onde passar.
