Nicolas Rosa. Este é o nome do autor que é mote de O Lado B da Literatura de hoje. Este soteropolitano, cujo talento para a escrita é inegável, já foi eleito Conselheiro Municipal de Cultura, representando a Literatura da cidade de Santo Antônio de Jesus, na Bahia. Ademais, nos seus mais de 10 anos na ativa, publicou em antologias, blogs, sites, revistas virtuais e aqui conosco no Café Literário.
Bem, tudo lindo e maravilhoso, como diria a minha inseparável companheira de labuta, Cecília Baumann, cuja proximidade me permite chamá-la apenas de Ceci. Entretanto, no entanto e todavia, não estou aqui para enaltecer o lado A dos escritores e poetas. Não, senhor!
Por acaso você sabia que o nosso querido escritor foi praticante de caratê durante um tempo? Fico aqui imaginando o Nicolas trocando tabefes com Bruce Lee ou Chuck Norris. Não sei se seria uma luta justa, pois o primeiro passou pro além em 1973, e o segundo, dizem, degusta cascavéis no café da manhã. Com a palavra, Nicolas Rosa:
“Pratiquei caratê durante um tempo, chegando até a faixa vermelha antes de parar. Entrei no caratê há 2 anos e meio, quando morava em Santo Antônio de Jesus. Lá, treinei com o mestre Dionilson, do clube Samuray, perto da minha casa. Escolhi o caratê entre a capoeira e o boxe, que também compartilhavam o mesmo centro comunitário. Treinando no clube Samuray, passei pelas faixas amarela e vermelha. Me mudei para Salvador, num condomínio na Paralela. Lá, entrei no clube Karatê Tigres e Dragões, com o sensei Matheus, onde continuei meu treinamento. Meu progresso lá foi mais devagar, devido à faixa vermelha ser mais difícil. Meu custo de vida aumentou devido, pois comecei a financiar meu apartamento, então, pedi para abandonar o karatê para economizar dinheiro.”
Não pense você que o nosso mestre da escrita deixaria passar em branco essa fase gladiadora de sua vida. Não mesmo!
“Uma curiosidade sobre o karatê é que fiz um poema baseado na lenda relacionada a um kata, o Meikyo. Eu li sobre a lenda num perfil sobre cultura japonesa, fiz o poema, e o enviei a uma competição da associação Nikkei Bungaku, sendo publicado na mesma como menção honrosa. Eu ganhei um certificado e um exemplar da revista.”
Entre lutas e livros, Nicolas, brasileiro que é, precisa matar um leão por dia. E, aliado aos ensinamentos adquiridos no caratê, possui uma pena afiada, o que faz com que seja um dos talentosos escritores de sua geração.
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Cassiano Condé, 81, gaúcho, deixou de teclar reportagens nas redações por onde passou. Agora finca os pés nas areias da Praia do Cassino, em Rio Grande, onde extrai pérolas que se transformam em crônicas.
