Notibras

Faz de conta

A tarde dá lugar à noite
que vem caindo devagar,
as estrelas iluminam o céu,
a lua não tarda a despertar.

O vento varre a rua.
Perfumes impregnam o ar.
Eu, no peitoril da janela,
Acordado começo a sonhar.

Imagino-te surgindo na rua:
os cabelos na brisa a dançar,
os olhos brilhando como estrelas,
até bem mais que o luar.

A tua presença me alucina,
quero o teu nome gritar,
mas como posso fazê-lo
se tu ali não estás?

Mesmo assim eu grito.
Aí a lua se apaga,
as estrelas desaparecem,
o vento para.

E eu fico ali
no peitoril da janela,
sem lua,
sem vento,
sem estrelas,
sem ela!

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