Confesso que já perdi a conta de quantos vídeos de inteligência artificial aparecem na minha timeline. É voz que não é voz, é gente que não existe, é cachorro falando… virou um grande festival de truques digitais. No começo até tinha graça, mas agora tá parecendo aquelas músicas chiclete que tocam tanto no rádio, que a gente acaba pegando birra.
A verdade é que estamos todos cansados. A cada clique, mais um vídeo de IA tentando nos impressionar. Só que a surpresa já foi embora faz tempo. Hoje em dia, eu abro o celular com medo de que até a previsão do tempo venha narrada por um “apresentador” que nunca nasceu. E, sinceramente, já estou no ponto de sentir saudade de um vídeo mal gravado com câmera tremida. Pelo menos, ali eu sabia que tinha um ser humano por trás.
Espero de coração que essa febre passe logo. Que os algoritmos arrumem outra moda para entreter a humanidade, e que a gente possa voltar a valorizar coisas simples, como vídeos de gatos caindo do sofá ou de crianças fazendo careta. Porque, convenhamos, não existe inteligência artificial que supere a comédia involuntária da vida real.
