De onde vem
essa mulher que se ergue como alvorada,
nascida entre os contornos dourados
do sol que desperta as montanhas de Minas,
onde o Caparaó respira poesia
e o tempo se curva diante da sua presença?
Ela floresce como brisa entre as serras,
com raízes fincadas na terra que canta,
onde a lua se despe em prata
e borda o céu com mistério e encanto.
Nas cascatas de águas límpidas,
ela dança com o som da melodia líquida,
como se cada gota fosse verso,
e cada corrente, um suspiro de saudade.
Essa mulher habita o lugar
onde a memória constrói moradas,
onde o coração apaixonado
transforma lembranças em canções eternas.
Ela vive onde os poetas repousam seus silêncios,
esperando que a noite traga
a luz da inspiração enluarada,
para que seus versos ganhem voz
ao som de um violão que chora
com a delicadeza de quem ama sem medida.
Ela é flor, é vento, é estrela,
é o eco suave de um tempo que não se apaga.
E mesmo que o mundo se cale,
ela continuará brotando
no horizonte silencioso
de quem sabe enxergar beleza
onde o amor fez morada.
