Aproveitei o feriado prolongado pra fazer o que todo brasileiro sensato deveria fazer: sentar no sofá, abrir uma cerveja (ou um guaraná pra quem é da paz) e assistir à gloriosa Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Ah, que delícia. E quer saber? Foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. Nada como ver a arrogância europeia levando um banho de humildade em rede mundial.
Real Madrid? Empatou. Benfica? Empatou também. Porto? Perdeu. Os gigantes europeus, que costumam desfilar em campo como se estivessem jogando com estagiários, estão, na verdade, suando a camisa pra passar da fase de grupos. E olha que ninguém ali está jogando em La Paz, com altitude e tudo; é só o futebol mesmo, puro e cru.
Enquanto escrevo esse texto, está rolando PSG x Botafogo. E olha, o time francês pode até vencer, mas não tá sobrando em nada. O Botafogo tá ali, firme, vencendo por um a zero, mostrando que o abismo entre Europa e América do Sul talvez seja mais um mito bem vendido do que uma realidade inquestionável.
É claro que um clube europeu ainda pode acabar vencendo a competição. Mas o que tá claro também é que estão apanhando mais do que esperavam. Não tem mais passeio em campo, não tem mais goleada protocolar contra time latino-americano. Estão penando. Estão tropeçando. Estão sendo lembrados de que futebol, meus amigos, ainda se joga com bola no chão e alma no peito; coisa que aqui do lado do oceano a gente tem de sobra.
Então, sim, o feriado foi ótimo. Fiquei em casa, comi besteira, vi europeu se atrapalhar com marcação alta e ainda pude dizer em voz alta: “não é que o futebol tá vivo mesmo?”
