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Farsa cria lista tríplice para administrar a cidade de Samambaia

Se há algo de podre no reino da Dinamarca, como descreve William Shakespeare na peça Hamlet, a podridão chega a feder em Samambaia, onde um grupo de supostos aproveitadores da boa fé da sociedade busca tomar a administração daquela cidade de assalto, por meio de ações rasteiras. Em jogo, a indicação ao governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB) de uma lista tríplice de onde deveria sair o administrador.

O que existe,porém, denunciam moradores da cidade, é uma farsa montada pelo autodenominado Fórum das Entidades de Samambaia, encabeçado pela Acisa e Facidf. O ‘Forum’ convida a população para discutir na quarta-feira 26 os melhores nomes para compor a lista. Entretanto, os promotores do evento já fizeram chegar às mãos de Hélio Doyle, coordenador da transição, os nomes que, acreditam, se apresentam em melhores condições para ocupar o cargo.

A revolta é grande. “É um absurdo. Estão brincando com a comunidade”, acusou Maria Helena Freitas, moradora de Samambaia, ao tomar conhecimento do convite para participar da reunião do dia 26, embora tivesse em mãos cópía do ofício dirigido a Hélio Doyle. Ao lado dela, o vizinho de porta Antônio Medeiros, não deixa por menos. O pior, diz, “é que dos três nomes indicados, dois estão entre os responsáveis pelo ‘Fórum’”.

Fabiano Fagundes Dias, Francisco de Assis da Silva e Agenildo Neri são os nomes previamente selecionados. Ocorre que Fabiano é presidente da Acisa, enquanto Francisco dirige a Facidf. Uma tática estranha – e de deslumbramento. Primeiro, o grupo que tenta mandar em Samambaia manda os nomes à consideração do governador eleito. E só depois convida a comunidade para debater o assunto.

Agora, o mais grave – e que Rodrigo Rollemberg deverá levar em consideração. Francisco é filiado ao PRP, Fabiano é do PR e Agenildo, do PPL. Ou seja, três partidos que estiveram juntos no primeiro turno em torno da candidatura derrotada de Agnelo Queiroz (PT) e de Jofran Frejat (PR) ao Palácio do Buriti. No staff do futuro governador, os comentários são os de que será mantida a prática do silêncio em torno de nomes. E para evitar surpresas desagradáveis, o próprio Rollemberg fez a opção de ouvir muito, para definir depois.

Felipe Meirelles

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