Ontem o mundo viu Lula discursar na ONU de forma brilhante. Foi um discurso que, tenho certeza, ficará registrado na história. Cada palavra, cada gesto carregava não só a autoridade de quem fala em nome de um país, mas também a dignidade de quem já provou, inúmeras vezes, que sabe ocupar o espaço de liderança mundial. Todo brasileiro consciente sentiu esse orgulho pulsar no peito, vendo o nosso presidente ser respeitado por todos os demais líderes presentes.
Para alguns, pode parecer algo pequeno, apenas mais um discurso. Para mim, não é. Eu me lembro bem do que sentia nos anos anteriores, quando o Brasil era representado por um presidente que nos encolhia diante do mundo. A cada anúncio de participação em um evento internacional, eu já sentia um frio na barriga: “Qual será a vergonha da vez?”. Bolsonaro se portava de maneira inadequada, desrespeitava a liturgia do cargo e, em muitos casos, saía isolado, como se o Brasil não tivesse nada a dizer ou acrescentar. Era duro ver um país tão grande reduzido à irrelevância.
Lula, por outro lado, demonstra sua grandeza todos os dias. Ontem, mais uma vez, ele mostrou que sabe falar de igual para igual com qualquer líder, sem subserviência, mas também sem arrogância. Ele fala pelo Brasil, mas o que diz ecoa para além das nossas fronteiras, porque traduz valores universais: justiça social, defesa do meio ambiente, solidariedade entre os povos. É bom demais ver o Brasil sendo amado e respeitado de novo.
Ao final do discurso, fiquei com uma sensação de alívio e esperança. Alívio por ver que deixamos para trás o tempo da vergonha e da pequenez. Esperança por perceber que o Brasil voltou a ser ouvido, voltou a inspirar e voltou a ser exemplo. Ontem, na ONU, não foi só Lula que falou. Foi o Brasil inteiro que se levantou e mostrou ao mundo a sua grandeza.
