A cunhada de Alexandre Oliveira, morto durante um latrocínio (roubo seguido de morte) na Estação Uruguaiana do metrô na tarde desta sexta-feira (10), disse que a vítima transportava o dinheiro do pagamento dos funcionários da cooperativa onde trabalha quando foi assaltado.
Alexandre já havia sofrido uma tentativa de assalto, também no Centro, em 2014, mas a escolta que o acompanhava impediu o roubo. Desta vez, ele não estava acompanhado de seguranças, porque, segundo a família, a escolta acompanhava outro funcionário. “Eu achei um absurdo fazer isso com ele. Se não tem escolta para todos os funcionários não faz ele sair para pegar dinheiro”, reclamou Rosilene Santos da Silva, cunhada de Alexandre. Segundo ela, a vítima já trabalhava na empresa há 5 anos.
Almir Álvaro, que trabalha como gari, era amigo de Alexandre, e contou que ele era uma pessoa sem inimigos. “Ele era alegre, pacífico. Uma pessoa fácil de conviver.”
De acordo com o amigo, Alexandre era nascido e criado no Morro de São Carlos, gostava de samba e de frequentar as festas no Alzirão, famoso point da Tijuca, na Zona Norte da cidade.
Alexandre trabalhava em uma cooperativa de serviços gerais no Méier, na Zona Norte. Ele seguia de volta para o trabalho quando foi assassinado.
Entenda o caso
Alexandre morreu após ser baleado na Estação Uruguaiana do Metrô, no Centro do Rio, no início da tarde desta sexta-feira. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de uma “saidinha de banco”, assalto cometido após saque bancário.
Segundo a polícia, ele foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte. Depois de ferido, ele foi socorrido por funcionários do metrô e guardas municipais. O outro usuário, que ficou ferido na perna, é Diogo P. Muinhos, de 34 anos. As câmeras de segurança da estação filmaram a ação e as imagens foram repassadas à polícia.
Segundo testemunhas, por volta das 12h57, a vítima foi abordada pelos assaltantes. Depois dos tiros, os criminosos fugiram com a bolsa da vítima. O comerciante Adilson Júnior de Souza disse ao G1 que estava na fila para comprar bilhete no momento do crime.
“Dois homens chegaram e deram os tiros. Houve uma correria danada. Logo a polícia chegou porque tem mais de 200 policiais aqui na Uruguaiana fazendo operação”, disse ele.
A estação foi fechada após a ocorrência policial. O metrô, entretanto, está funcionando normalmente nas outras estações. Por volta das 14h, a Divisão de Homicídios (DH) chegou ao local.
Assaltos constantes
Pessoas que trabalham na região afirmam que a insegurança é constante. “Tem assalto aqui todo dia”, disse um ambulante que preferiu não se identificar. Vilma Ferreira, ambulante que tem uma barraca de biscoitos, afirma que nos três anos em que trabalha na região nunca viu algo tão violento, mas que os casos de assaltos são constantes.
“Outro dia, vi um cara puxar cordão as 9h da manhã. O sujeito que foi roubado chegou a cair no chão”, conta a ambulante.