Em junho de 2023, uma equipe internacional liderada pela HKUST publicou resultados inovadores mostrando que um modelo de IA baseada em deep learning pode estimar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer com mais de 70 % de precisão, usando apenas informações do DNA de um indivíduo.
O aplicativo analisa múltiplos genes associados ao Alzheimer, indo além do teste genético tradicional que se limita apenas ao variante APOE-ε4.
Montado como uma rede neural, o sistema consegue capturar variações complexas e não-lineares no genoma, oferecendo uma predição de risco poligênico tanto para populações de origem europeia quanto chinesa.
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O modelo, segundo os pesquisadores, supera classificações anteriores e consegue estratificar indivíduos em grupos de risco diferenciados, baseados em alterações em processos biológicos específicos.
Essa capacidade de previsão precoce é crucial, pois permite que intervenções preventivas comecem antes dos sintomas cognitivos surgirem, quando o foco terapêutico ainda é altamente eficaz.
O estudo envolveu colaboração entre HKUST, Shenzhen Institute of Advanced Technology, University College London e hospitais em Hong Kong. Os resultados foram publicados na revista Communications Medicine.
Os cientistas planejam aprimorar o modelo e integrá-lo em processos clínicos e programas de rastreamento genético em larga escala.
A plataforma de IA da HKUST representa um grande passo na medicina preventiva do Alzheimer, permitindo identificar o risco anos antes do surgimento de sintomas. Ao combinar dados genéticos com inteligência artificial avançada, ela abre caminho para intervenções precoces e estratégico planejamento de tratamentos, contribuindo para uma nova era de diagnósticos personalizados.
