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Ibama libera distritais para pescar garoupas antes de eleger Mesa

Da promessa de jorrar leite e mel a terra tombada ‘de um futuro que se espelha no quarto verde dos campos, a grande cama vermelha onde o parto das sementes faz brotar de suas covas o fruto da natureza cheirando a criança nova’.

Essa a Câmara Legislativa do Distrito Federal nos primórdios de uma nova legislatura que se inicia nesta quinta-feira 1º de janeiro. A analogia vai mais além. Compara a um grande aquário, onde alguns felizardos foram autorizados a pescar até 5 mil garoupas.

O desenho desse quadro foi inspirado nos bastidores para a composição da nova Mesa Diretora. A eleição será após as 15 horas. O tempo está nublado. Há risco de fortes tempestades.

Até a chegada de Rodrigo Rollemberg, por volta das 11h para ser empossado governador, despontavam três candidatos, entre os 24 deputados distritais, para ocupar a cadeira mais alta do Legislativo – Celina Leão (PDT), Dr Michel (PP) e Robério Negreiros (PMDB).

Porém, menos de duas horas depois, cores diferentes começavam a tomar o espaço na moldura em formato de rosa. Uma história envolvendo pescadores (e não necessariamente história de pescador) dizia da existência de um cardume. Era tanta garoupa  ao alcance da mão que os anzóis eram desnecessários.

Após o almoço, alguns cristão novos não tinham conseguido digerir as garoupas servidas ao molho de vinho produzido em igrejas sem as bênçãos do Vaticano.

Sem que haja um fervor intenso, a multiplicação do peixe pode ter sido em vão. Até porque, velhos cardeais, acostumados a pratos mais populares, ameaçavam derrubar o andor, quebrando uma candidatura de santo (ou santa) de barro.

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