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Inflação alta obriga volta do feijão, arroz e ovo frito

A pandemia de Covid-19 impactou a renda dos brasileiros. Mesmo com a prorrogação do auxílio emergencial, a quantidade das pessoas que receberam o benefício foi menor, assim como o valor, o que não trouxe um impacto positivo no consumo no último ano. E ainda que a taxa de desemprego esteja estável, 17% dos lares brasileiros contam com ao menos uma pessoa que perdeu o trabalho após o início da pandemia, segundo o estudo LinkQ Covid da Kantar. Dentro desse universo, 80% são lares da classe CDE.

Quando o assunto é alimentação, as refeições voltaram ao básico, muito impactadas pelos aumentos de preços vistos nos últimos períodos. Só no primeiro semestre deste ano, o preço médio pago pelos consumidores subiu 11,8%. Sendo assim, pratos como arroz, feijão e bife ou filé com salada foram as opções de escolha dos consumidores entre os que mais cresceram ocasiões de consumo no almoço e jantar dentro de casa.

Em contrapartida, a tendência do “preparo mais elaborado” desacelerou fortemente. Houve queda da busca pela farinha de trigo, que vinha se destacando nos últimos estudos e agora perdeu mais de 2,3 milhões de lares compradores. Como resultado, menos bolos (-11,7%) e pães (-9,8%) sendo preparados em casa.

De acordo com o Consumer Insights, os brasileiros estão procurando categorias mais práticas e convenientes, como batatas congeladas e empanados, que se destacam em todas as classes sociais. Mas outra necessidade que volta a se destacar é a preocupação com a nutrição e saudabilidade. Em todas as refeições – café da manhã, almoço, lanches e jantar – há um aumento da busca por saudabilidade. O estudo mostra que os consumidores mais maduros estão atentos à dieta (26,7%), enquanto lares com mais crianças e adolescentes focam a preocupação na nutrição (9,1%).

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