Está cada vez mais claro, para qualquer brasileiro minimamente atento, que Jair Bolsonaro e sua família atuam como agentes do caos, da desordem e da desinformação. Não é exagero. Desde o início de seu mandato como presidente, Bolsonaro atuou sistematicamente para enfraquecer instituições, sabotar políticas públicas e fomentar um clima de confronto permanente.
Na saúde pública, o estrago foi irreparável. Em plena pandemia de COVID-19, enquanto o mundo inteiro se unia para proteger suas populações, Bolsonaro fazia piada com as mortes, zombava de quem usava máscara e, principalmente, desacreditava a vacina. Seus discursos negacionistas, irresponsáveis e carregados de teorias conspiratórias levaram milhares de brasileiros a recusar a imunização. O resultado foi trágico: vidas foram perdidas não apenas entre os que optaram por não se vacinar, mas também entre aqueles que foram contaminados por essas pessoas. A irresponsabilidade virou política de Estado.
No Congresso, o caos também teve nome e sobrenome: orçamento secreto. Foi durante o governo Bolsonaro que essa prática escusa começou a ser adotada, como moeda de troca para garantir apoio parlamentar. Um sistema de corrupção institucionalizada, no qual bilhões de reais foram distribuídos sem transparência, sem critério técnico, apenas para garantir votos no Congresso. Uma vergonha nacional que desmontou ainda mais a já combalida confiança da população no Legislativo.
E o auge do golpismo bolsonarista se deu em 8 de janeiro de 2023. Incapaz de aceitar a derrota nas urnas, Jair Bolsonaro incentivou, direta e indiretamente, uma tentativa de golpe de Estado. Seus seguidores, insuflados por meses de mentiras sobre fraude eleitoral e “roubo” da eleição, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em um espetáculo grotesco de violência e desprezo pela democracia. Bolsonaro, convenientemente refugiado nos Estados Unidos à época, assistiu de longe ao caos que ajudou a plantar. Foi um ataque não apenas aos prédios públicos, mas ao próprio Estado de Direito. Uma tentativa covarde e fracassada de rasgar a Constituição.
E como se o passado não fosse suficiente para nos alertar, a família Bolsonaro segue em plena atividade destrutiva. Mais recentemente, Eduardo Bolsonaro tem trabalhado ativamente para prejudicar o Brasil no exterior. Agora, diante da tarifa de 50% imposta pelo governo Trump aos produtos brasileiros, a família tenta inverter a narrativa e fazer chantagem com o Judiciário, ameaçando-o com o impacto econômico que a medida causará. Bolsonaro vem reforçando que a solução para o tarifaço só acontecerá mediante a sua impunidade. Parece piada. Além de absurdo, é uma tentativa de jogar a opinião pública contra as instituições que, finalmente, começam a responsabilizá-los pelos crimes que cometeram.
O jogo é antigo: criar o problema e depois se apresentar como vítima dele. Mas o Brasil acordou. A máscara caiu. E cada vez mais gente entende que a lógica bolsonarista é essa: quanto pior para o país, melhor para eles. Desde que tenham seus privilégios e sua impunidade garantidos, o caos é bem-vindo.
Mas o Brasil merece e está construindo um caminho diferente. Um caminho onde vacina salva, orçamento tem transparência e justiça não se curva à chantagem de nenhuma família, por mais barulhenta que seja. Mas diante de tudo isso, ainda cabe perguntar: até quando a família Bolsonaro fará o país de refém?
