Notibras

Joaquim desiste do Planalto por não ter ‘jogo de cintura’

Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo

Gilberto Amendola

Durante jantar com artistas, na segunda-feira, 19, no Rio, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa afirmou que não será candidato à Presidência da República. A recusa em confirmar a hipótese, levantada por ele mesmo, teria sido “um banho de água fria” para os presentes. Pelo menos foi o que contou a anfitriã, a produtora cultural Paula Lavigne. “Eu até brinquei com o ministro dizendo que, se o Bolsonaro fosse eleito, a culpa seria dele.”

O jantar teve a participação de Caetano Veloso, Marisa Monte, Fernanda Lima, Letícia Sabatella, Lázaro Ramos, Fernanda Torres e Thiago Lacerda, entre outros, além do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O encontro foi combinado após o Show das Diretas, no fim de maio, no Rio. De acordo com Paula, o ex-ministro foi simpático, mas “ouviu muito mais do que falou”. “A gente tentou, acho que estamos precisando de um modelo, um modelo diferente de Trump e Doria, mas ele disse não”, contou.

Apesar da recusa, Paula postou no Twitter: “Estamos tentando! O que acham? Ele não quer #joaquimbarbosapresidente”. As reações se dividiram entre “vamos insistir mais” e “ele não é do ramo”.

A hipótese de uma candidatura foi divulgada pelo próprio ex-ministro – após solenidade no Supremo, no dia 7 deste mês, quando foi descortinado seu retrato na galeria de ex-presidentes da Corte. Na ocasião, Barbosa disse que estava “refletindo” e já havia conversado com a ex-ministra Marina Silva (Rede) e o PSB.

Segundo Randolfe, Barbosa disse não ter “jogo de cintura para política”. “Mas espero que ele reconsidere. Não precisa ser candidato. Mas seria muito importante que participasse da política”, afirmou. Procurado pela reportagem, Barbosa preferiu não se manifestar.

Sair da versão mobile