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Justiça dá recado no Caso Wallison e prova que o crime não compensa

A Justiça do Distrito Federal mostrou, mais uma vez, que criminosos não escapam das garras da lei. O Tribunal do Júri do Gama condenou Wallison Felipe de Oliveira a 67 anos, seis meses e 14 dias de reclusão, em regime inicial fechado, por uma sequência de crimes brutais cometidos em 20 de agosto de 2024, no Setor Sul do Gama/DF.

Na ocasião, ele atropelou e matou a ex-companheira em via pública, além de investir o veículo contra a filha dela, uma criança de apenas cinco anos, e contra a mãe da vítima, uma idosa. A violência aconteceu diante de testemunhas, após uma comemoração de aniversário da vítima, evento em que o réu apareceu mesmo sem ser convidado.

Além da pena de prisão, Wallison terá de indenizar em R$ 50 mil cada uma das vítimas sobreviventes e R$ 50 mil para cada filha da mulher assassinada, como reparação por danos morais.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o crime contra a ex-companheira foi praticado por motivo torpe, com crueldade e em contexto de violência doméstica e familiar. O ataque ocorreu na frente da filha e da mãe da vítima, agravando a brutalidade dos atos.

O réu ainda se valeu de recurso que dificultou a defesa das vítimas, circunstância que, somada ao fato de ter agido contra uma criança e uma idosa, aumentou a gravidade da pena.

Na sentença, a juíza presidente do júri destacou a ousadia e a frieza do réu, que atacou em plena via pública, colocando em risco não apenas as vítimas, mas também todos os que estavam próximos. Para a magistrada, os fatos “fomentam o sentimento de repugnância, medo e insegurança na população local, o que se reveste de sério e grave prejuízo para o meio social”.

Com a decisão, Wallison não poderá recorrer em liberdade e começará a cumprir imediatamente a pena imposta.

A condenação serve como um recado claro: violência contra mulheres, crianças e idosos não ficará impune. A Justiça reafirma seu compromisso de proteger a sociedade e assegurar que crimes covardes e cruéis recebam punição exemplar.

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Carolina Paiva é Editora do Quadradinho

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