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Laser começa a ocupar lugar do bisturi nas cirurgias de catarata

Foto/Divulgação

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é a principal causa de cegueira no mundo. João Pacini, oftalmologista do Visão Institutos Oftalmológicos, em Brasília, esclarece que esta doença é caracterizada pelo endurecimento ou opacificação do cristalino (estrutura biconvexa, gelatinosa, com grande elasticidade que diminui progressivamente com a idade).

“Um dia todos vão sofrer deste problema. Porém, é importante ressaltar que os tratamentos para esta doença estão cada vez mais avançados e precisos”, acrescenta Pacini.

O especialista explica que a cirurgia a laser é uma das melhores alternativas para tratar a doença. “Hoje, contamos com tecnologias avançadas que permitem que mais da metade dos procedimentos cirúrgicos sejam feitos com o laser. Este equipamento substitui o bisturi e garante mais precisão e agilidade. O laser é guiado pela tomografia ótica, em 3D, utiliza pouquíssima energia garantindo uma precisão maior”, sublinha João Pacini.

Além de resolver os problemas causados pela catarata, este procedimento corrige outras complicações oculares. “A cirurgia consiste na substituição do cristalino opaco por uma lente intraocular. Hoje existem lentes que podem corrigir o astigmatismo (lentes tóricas) e outras que corrigem também a vista cansada (lentes multifocais)”, afirma.

Pacini adverte que nem todos podem se submeter a este tipo de procedimento. “Pode ser realizada em quase todas as pessoas que têm catarata. Basta que o paciente consiga olhar fixamente para a luz. O procedimento não está liberado ainda para uso em crianças. Também é importante destacar que o Visão Institutos Oftalmológicos é um dos poucos centros de atendimento oftalmológico no Brasil que está plenamente habilitado para realizar cirurgias a laser para correção de catarata”, enfatiza.

O oftalmologista explica que os instrumentos usados antes do advento do laser continuam importantes. “A técnica tradicional traz resultados satisfatórios e não vai deixar de existir, mas o laser é estatisticamente melhor, principalmente para quem tem o cristalino muito opaco, duro ou fora do lugar”, explica. “A abertura da córnea e do cristalino são as etapas mais difíceis da cirurgia, podem ser feitas com o bisturi e pinças, mas o corte com o laser é muito melhor e mais preciso”, finaliza.

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