Eu amo literatura. Especialmente a literatura brasileira. É uma paixão antiga, dessas que a gente cultiva desde criança, quando ainda não sabe bem a dimensão do que está amando. Eu me encantava com os clássicos da literatura brasileira e, na época, nem imaginava que um dia estaria aqui, escrevendo sobre isso com tanto carinho.
Com o passar dos anos, fui percebendo uma coisa que me incomoda até hoje: é raro ver surgir um novo nome na nossa literatura. Não porque faltem talentos, pelo contrário, o que não falta é gente escrevendo bem por aí, com sensibilidade, criatividade e coragem. Mas porque é difícil, muito difícil, para um escritor iniciante conseguir espaço. Publicar um livro por uma grande editora, daquelas que colocam o livro nas vitrines e nas listas dos mais vendidos, já é um desafio quase olímpico. E divulgar seus escritos na internet também não é simples. O algoritmo nem sempre favorece quem escreve.
Por isso, nutro uma admiração enorme pelo site de notícias Notibras, em especial pela editoria Café Literário. Um espaço generoso, vivo, que diariamente publica e divulga o trabalho de muitos escritores; alguns premiados, outros anônimos, todos com algo a dizer. A editoria aceita textos de escritores de qualquer parte do mundo, desde que escritos em língua portuguesa. E não se trata apenas de contos, crônicas e poesias. Ali a literatura transborda: há também a divulgação de eventos, lançamentos, encontros e tudo mais que alimenta esse universo literário.
O Café Literário é coordenado por três editores comprometidos com a arte e com a palavra: Daniel Marchi, Cecília Baumann e Eduardo Martínez. Juntos, eles fazem do espaço uma verdadeira vitrine democrática da literatura contemporânea. Um lugar onde leitores podem descobrir novos autores, reencontrar antigos favoritos ou simplesmente se perder entre palavras bem escritas.
E, aos domingos, tem ainda um presente especial: a coluna O Lado B da Literatura, assinada por Cassiano Condé. É uma delícia acompanhar os bastidores da vida dos escritores, em momentos não-literários: quando estão cozinhando, cuidando de plantas, se emocionando com músicas, caminhando pela cidade ou apenas pensando na vida. Já passaram por lá nomes como Edna Domenica, Cadu Matos, Rafaela Fernanda Lopes, Emanuelle Nascimento, Simone Magalhães, J. Emiliano Cruz, Plínio Pavão, Tânia Miranda, Renan Damázio, Sarah Munck, Gilberto Motta, Luzia Couto, entre tantos outros.
Se você, como eu, ama literatura, especialmente a brasileira, vale a pena conhecer esse espaço. Porque literatura é isso: encontro, espelho, descoberta. E o Café Literário tem sido um lugar onde tudo isso acontece, dia após dia.
