O afeto verdadeiro não tem réplicas,
surge como aurora que nunca se repete,
desliza entre os dias feito mar antigo,
com ondas que mudam, mas nunca esquecem.
É como um rio que sonha com o oceano,
mesmo sabendo que só há um destino.
Cada brisa que toca a pele é lembrança,
de um sopro que veio e ficou escondido.
Não é tempestade, nem calmaria passageira,
é correnteza que dança com a lua cheia.
Mesmo quando parece partir em silêncio,
ele retorna com o mesmo nome nas veias.
É o mesmo perfume em jardins diferentes,
a mesma chama em lareiras distantes.
Não se veste de rotina, nem se cansa do tempo
é eterno, mesmo que só tenha vindo uma vez.
