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Marli ataca Rollemberg, não mostra provas e CPI da Saúde vive momentos de tensão

Bartô Granja

Um clima de tensão marcou o início do depoimento de Marli Rodrigues na CPI da Saúde da Câmara Legislativa nesta quinta, 21. A presidente do SindSaúde atacou duramente o governador Rodrigo Rollemberg e a primeira dama Márcia Rollemberg, atribuindo ao casal o comando de “uma teia de corrupção” na área da saúde pública de Brasília. Mas, quando foram exigidas provas, Marli recuou. “As provas estão com o Ministério Público”, disse.

A sindicalista preferiu dar crédito às conversas gravadas, onde aparece, entre outros, o vice-governador Renato Santana. Foi o vice, segundo Marli, que declarou a existência de propina. “O vice disse textualmente que o governador sabia da cobrança de propina”, sustentou. Ela apresentou ujm fluxograma rabiscado em papel que, segundo diz, é o caminho daspedras para desbaratar uma suposta quadrilha que atua na área.

Questionada pelos deputados, Marli se recusou a comentar as gravações e entregar provas. “Fui intimada pelo Ministério Público e pelo Ministério Público de Contas. E entreguei a promotores o conteúdo das gravações”, garantiu. Depois insistiu que há um compromisso de não liberar os documentos para não atrapalhar as investigações.

Ao atacar Rollemberg, Marli isse que o govbernador é uma pessoa “vibngativa” e pediu proteção pessoal para ela e os parentes dela. “O governador tem por estilo perseguir. Em atitude covarde, persegue os sindicalistas. Vim aqui pedir segurança e coloco na conta do governador qualquer mal que aconteça a mim e aos nove meus filhos, nove genros e 18 netos. Ele é uma pessoa vingativa”, insistiu.

O deputado Wellington Luiz (PMDB), presidente da CPI, foi duro com a depoente. “Isso (de não apresentar as provas) não é cabível. Lá (no Ministério Público) é uma investigação, aqui é outra. Não cabe ao MP determinar sigilo. Só pode ser recusado por ordem judicial. A senhora está na condição de testemunha, não de investigado. A senhora está vindo aqui trazer denúncias concretas de um suposto esquema de corrupção, não do estado lastimável da saúde”, sentenciou o parlamentar.

O mesmo tom enérgico foi empregado pelo deputado Lira (PHS), aliado de Rollemberg. “A senhora tem obrigação de mostrar as provas. A senhora viu alguém recebendo dinheiro? Tem provas concretas? Aqui não é botequim. Aqui é uma casa de leis”, enfatizou. Lira admite que Marli esteja associando sua condição de opositora às OS’s para tumultuar o governo.

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