A maternidade me trouxe muitas surpresas. Algumas boas, outras nem tanto. Já disse e repito: ser mãe é como entrar em uma máquina de derreter convicções. Aquilo que antes parecia inegociável, de repente já não faz tanto sentido. O que parecia difícil, a gente aprende a contornar. O que parecia insuportável, vira rotina. É assim mesmo: acostumar, adaptar, seguir em frente.
Mas entre tantas surpresas, existe uma que me enche de alegria: descobrir que minha filha, Maria Luiza, é a melhor companheira de viagens que eu poderia ter. Eu jamais teria imaginado isso antes. O destino nos levou a fazer várias viagens juntas e, para minha surpresa, ela se revelou uma parceira de aventuras melhor que muito adulto.
Com apenas dois anos, Maria Luiza encara cada passeio com disposição e curiosidade. Não reclama do cansaço, não pede colo a cada esquina, não faz birra no meio da estrada. Na hora de comer, não tem frescura, topa experimentar de tudo. E, acima de tudo, mantém um espírito leve, aberto a cada novidade, como uma verdadeira princesa do cotidiano.
Sei que ainda temos um longo caminho pela frente e, quem sabe, muitos destinos para explorar juntas. E suspeito, com o coração cheio de esperança, que viveremos aventuras inesquecíveis lado a lado. Ainda bem.
