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Móveis infantis aliam tendências do design a normas de segurança

Foto/Divulgação

Tudo começou quando um amigo estava prestes a ser pai e o casal de arquitetos Diego Verri e Luciana Raunaimer resolveu presenteá-lo com um berço. “Não achamos nada com uma linguagem contemporânea interessante e vimos que havia deficiências no mercado”, explica Luciana, que ao lado do marido, fundou a Ameise Design: um estúdio especializado que pretende olhar com mais cuidado para o móvel infantil, mas sem deixar de lado a atenção às normas de segurança.

“No caso dos berços, por exemplo, eles precisam ter 6 cm entre uma grade e outra, segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)”, explica Luciana, que pontua ser obrigatório também que as quinas dos móveis sejam arredondadas ou chanfradas e que a tinta da pintura seja atóxica, para evitar problemas em caso de ingestão.

Para a arquiteta, criar para recém-nascidos reúne muitas dificuldades. A principal delas é pensar peças que acompanhem o crescimento do bebê. “Há uma tendência de berços que viram minicamas e poltronas de amamentação capazes de se integrar a outros ambientes da casa, como a sala, e que possam se ajustar à decoração após a primeira infância.”

Sinal dos tempos, ao longo dos anos, a paleta de cores da Ameise também foi se readequando, tendendo hoje para produtos unissex. “O gênero não precisa ser um paradigma desde o nascimento”, afirma Luciana, que trabalha cinco tonalidades em suas criações: amarelo, azul, verde, rosa e ‘cinzas’ (que variam do quase branco ao preto). “Nunca separamos as peças de nossas coleções em função de gênero. O essencial é que o quarto de bebê seja colorido, estimulante.”

Para a dupla, a estética dos móveis com a qual a criança tem contato é, portanto, muito importante. “Muitas vezes nós reproduzimos durante toda vida aquilo que observamos nos primeiros anos. Então, o ideal é proporcionar uma infância livre, sem caixinhas”, ela finaliza.

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